Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Organizações não governamentais (ONGs) ligadas ao movimento feminista vão apresentar amanhã (13) na Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe propostas para a melhoria das condições de vida das mulheres da região. A conferência é um órgão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que identifica as necessidades das mulheres, faz recomendações e avalia atividades desenvolvidas em prol das mulheres. A sociedade civil organizada participa da conferência apenas como observadora.
Durante dois dias, as ONGs se reuniram por meio do Fórum de Organizações Feministas para a Articulação do Movimento de Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas e elaboraram o documento com as principais revindicações. Segundo a representante da ONG Articulação das Mulheres Brasileiras, Ana Alba Teixeira, um dos principais pontos discutidos foi a legalização do aborto.
Ela afirmou que a maioria dos governos da América Latina e do Caribe tem retrocedido nessa questão, criminalizando a mulher que pratica o aborto. “Esse é um ponto central na discussão porque as mulheres que estão fazendo aborto estão sendo criminalizadas”, disse Alba.
Outro ponto destacado foi a questão do trabalho doméstico, muitas vezes restrito ao exercício por parte de mulheres negras ou indígenas e, além disso, não regularizado, segundo a representante da Articulação das Mulheres Brasileiras. Também foram citadas questões como o racismo e a violência contra a mulher.
O documento será apresentado amanhã (13), na abertura da conferência da Cepal. A reunião, que ocorrerá em Brasília, vai até a sexta-feira (16).
Edição: Lana Cristina
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